Há um bom tempo eu vi o trailer de Gimme Shelter (sem tradução no Brasil) e fiquei ansiosa para assistir. Quando o mesmo lançou nos EUA, fiquei esperando para ser lançado aqui, o que até agora não aconteceu (e não possui previsão, em parte por ser um filme independente), então tomei a liberdade de ser ilegal (?) e assisti.
O filme conta a história real de Agnes (Apple) Bailey (interpretada por Vanessa Hudgens) que tem uma vida conturbada. Sua mãe tem diversos problemas e entre eles podemos citar: álcool, drogas e distúrbios psicológicos e devido a isso foi presa e perdeu a guarda, em resultado, a garota passou boa parte de sua vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma casa adotiva para outra, o que a tornou como ela é.
Quando June (Rosario Dawson) sai da prisão, Apple volta a viver com ela e sua vida é um completo inferno. Tomando coragem a garota foge para a casa do pai (Brendan Fraser) aonde busca ajuda por um tempo e consegue apoio do mesmo, entretanto o que atrapalha sua relação com o mesmo é a atual esposa, que incrimina Apple por diversas coisas e se vitimiza diante de algumas situações (como quando descobre que Agnes está grávida). Novamente cansada, ela foge e nesse meio tempo, sofre um acidente de carro e vai parar no hospital, onde é ajudada pelo pastor (James Earl Jones) e pouco tempo depois é levada para um abrigo para mulheres grávidas e recém nascidos e é aí que a história segue um rumo totalmente diferente, onde ela finalmente encontra um lar e amigas, ou melhor, uma família.
Porque assistir: a história é real e nos créditos podemos conhecer as verdadeiras protagonistas da história; apesar de todas as dificuldades, Apple continua otimista em relação ao seu futuro e não desiste de sua vida, tanto que em várias cenas ela repete a frase "eu estou bem" para si mesma. É algo real, que podemos presenciar em qualquer lugar, é forte e infelizmente, muito comum (por nem todas com o mesmo final). Além disso, é um tremendo choque ver como Vanessa encarnou sua personagem; cortou os cabelos, engordou, e acima de tudo, sentiu o que estava fazendo. Ele demonstra toda raiva, tristeza, agonia, desespero possíveis para quem se encontra nessa situação, é honesta e emotiva e admito, arrancou boas lágrimas minhas. Não só ela como todo o elenco, envolveram-se de uma forma profunda nos papéis e no roteiro. Outro destaque é Rosario, que em muitos momentos me fez sentir nojo, raiva e não sei como, compaixão, porque achei o horrível o modo como ela vive. Enfim, senti muitas coisas assistindo e acredito que boa parte se deve a como a realidade é retratada.
Essa é minha recomendação, assistam e digam o que acham. Até mais!
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