Esta é minha primeira resenha de livro por aqui e tentarei meu melhor. Bem, escolhi falar primeiramente deste em especial porque esse ano completará quatro anos sem a polêmica Amy Winehouse - dona de uma voz poderosa e de uma vida de luta constante contra drogas e álcool.
A história é narrada por seu pai, Mitch Winehouse e logo no início da leitura, muda-se completamente o imagem conturbada que todos fazem de Amy - narrando sua infância, o começo da carreira, o modo como compunha, seus ideais, suas vontades e sonhos. No decorrer do livro, a Amy anoréxica, drogada e desleixada vai sumindo, dando lugar a uma garota desesperada e muito carente.
Quem já conviveu com algum dependente - seja químico ou alcoólico - sabe como é a luta constante de um viciado querer ou não querer sair do vício e quem nunca vivenciou tal - horrorosa - experiência, pode ter uma nova e completamente diferente noção de como as coisas realmente funcionam.
Ao contrário do que pensam muitos, trancafiar um dependente não é a solução, nem remédios, nem socos, nem nada disso. Como Mitch fala diversas vezes no livro: a única pessoa que lhe fará sair das drogas, será você mesmo; e você só aprende isso na pele, ou nesse caso, lendo com muita fome a história.
Uma vida emocionante, decepcionante, triste e até um pouco incômoda; um lado diferente de Amy e de sua família, a relação conturbada com a mídia - esta, aliás, é revelada em sua forma mais crua e cruel -, com vícios, namorados e a música.
Ao fim da leitura, você entenderá a mensagem de Mitch e a tristeza de uma família que tinha em suas mãos uma jovem problemática, claro, mas principalmente carente e muito sonhadora.
Se você adora cantarolar "You Know I'm No Good" ou "Back To Black", é uma ótima oportunidade para entender profundamente a voz e a dor de Amy. Acho que mudará muita coisa.
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