No Music, No Life: Arctic Monkeys - São Paulo

Créditos: Midiorama

Uma noite gelada e cheia de garoa em São Paulo foi o palco da sensação britânica do momento, Arctic Monkeys.
A abertura ficou por conta dos suecos do The Hives, que possuem um potencial absurdo ao vivo (não acompanhava muito o trabalho deles e fui muito bem surpreendida) além da simpatia que ficou por conta do vocalista Pelle Almqvist.
A platéia agitada durante "Go Right Ahead", "Tick Tick Boom" e "Hate to Say I Told You So" mostrou que, mesmo não sendo a principal atração da noite, eles não seriam menosprezados.
Alguns problemas técnicos (principalmente com a guitarra) atrapalharam um pouco o andamento do show já curto (cerca de 50 minutos), mas o grande destaque da apresentação foi a tentativa incansável e desastrosa do frontman de falar português e interagir com a platéia (alguns momentos tão excessivos que ficaram extremamente cansativos e repetitivos e essa é minha única reclamação).
Setlist
  1. Come On!
  2. Take Back the Toys
  3. Walk Idiot Walk
  4. Two Kinds of Trouble
  5. See Through Head
  6. Wait a Minute
  7. Main Offender
  8. Go Right Ahead
  9. Won't Be Long
  10. I'm Alive
  11. Tick Tick Boom
  12. My Time Is Coming
  13. Hate to Say I Told You So
Subindo ao palco meio no susto depois da troca de instrumentos e "cenário" muito rápida, os ingleses do Arctic Monkeys levaram o público ao delírio começando com o hit "Do I Wanna Know?". Bem mais quietos e tímidos que os parceiros que tocaram antes, cada um ficava respeitosamente em seu espaço como se fosse absurdamente errado tocar um perto do outro.
Os movimentos de Alex são engraçados durante toda a apresentação, mas dá pra perceber que é tudo muito combinado (como a dancinha de Macarena em "Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair"), mas o vocalista e atualmente sex symbol não deixa a desejar quando se trata de sua voz (absurdamente alta).
A interação com a platéia foi breve, trocando apenas alguns "obrigado", "ei, São Paulo", e poucas palavras para introduzir as músicas ao público (excessivo no Hives e de menos no Monkeys), mas não pareceu incomodar ninguém de lá.
Apesar da turnê ser para a divulgação do último disco da banda, AM, a animação continua sendo por causa das músicas antigas (destaque enorme para "Teddy Picker" e a tentativa frustrada do público de cantar o refrão rápido, "Dancing Shoes" que contou com todas as meninas e meninos dançando loucamente e "My Proppeller"). As baladas tiraram lágrimas dos fãs presentes além de beijos e comentários como "eu queria ter um namorado agora" (como ouvi durante "I Wanna Be Yours").
No geral, a banda é excelente ao vivo, comandam tudo muito ensaiadamente e resultando numa perfeição sonora, mas é muito reservada (entre eles e com a platéia também) e nisso deixa a desejar para quem espera pelo menos um pouco de animação e movimentação no palco.
Reclamações: a organização pecou (e muito) na abertura dos portões e pela demora para passar as pessoas (revista e na própria verificação dos ingressos). 
Alguém por favor coloque em todos os shows que houverem em São Paulo banheiros químicos perto das filas (os comércios mais perto ficavam cerca de 20 minutos andando e muitas pessoas vão as filas sozinhas, não tem quem guardar lugar se sair por muito tempo, e se os meninos optam por se aliviarem nas árvores, logo vem um guarda para brigar).
Melhorem a ida e volta de quem depende do transporte público (principalmente no Anhembi que tem péssimo acesso para tudo), não há calçadas e é perigosíssima a ida de pedestres para a arena (atropelamento, se perder e não ter ninguém para perguntar (eu achei dois seguranças por sorte que estavam indo para o portão 31 e nos guiou) por ser no meio do nada).
E chega dessa vida de gritar "Alex, me come", obrigada.

Setlist  (comentado) 
  1. Do I Wanna Know?
  2. Snap Out of It (falsetes)
  3. Arabella (refrão quase gritado pela platéia)
  4. Brianstorm (pula indie pula)
  5. Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair (oh yeah yeah yeah)
  6. Dancing Shoes (dança indie dança)
  7. Teddy Picker (soakçsakpoosja teddy picker usahaoispshlç quicker usdhosaihaaskl thicker)
  8. Crying Lightning
  9. No. One Party Anthem (chora indie chora)
  10. Knee Socks (aaaaaaall the zerossss)
  11. My Proppeller (todos pirando)
  12. All My Own Stunts
  13. I Bet You Look Good on the Dancefloor (pula, dança, robô de 1984)
  14. Library Pictures (reboladinhas e cabelos voando)
  15. Why'd You Only Call Me When You're High? (x?)
  16. Fluorescent Adolescent (embolado, refrão certinho, embolado)
  17. 505 (se eu fosse Alexa Chung ficaria bem feliz de ser inspiração)
  18.  One For The Road (uh uh)
  19. I Wanna Be Yours (haja brilho, haja choro, haja beijo)
  20.  Mardy Bum (muito amor apesar de curtinha)
  21.  R U Mine? (pira muito indie pira muito com essa versão estendida).
(As quatro últimas foram encore).
Último show do ano pra mim. Agora próxima resenha é Foo Fighters, então... Até janeiro.


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